Satânico é meu pensamento a teu respeito
e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança incontestável
pelo que me fizeste ontem.
A noite quente e calma chegara a ser angustiosa.
Apareceste e, nesta cama, aconteceu.
Sorrateiramente te aproximaste.
Sem o mínimo de pudor.
Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu.
Percebendo minha aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e mordeste-me
sem escrúpulos até os mais íntimos lugares
jamais tocados de meu casto corpo.
E adormeci.
Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste provas irrefutáveis
do que ocorreu na noite que passou.
Grandes manchas no meu corpo e o alvo lençol salpicado de sangue.
Esta noite recolho-me mais cedo para,
na mesma cama, te esperar.
Oh! Quando chegares, nem quero pensar com
que perspicácia, avidez e força
eu quero te pegar para que não escapes mais de mim.
Em minhas mãos quero
apertar-te até o fim.
Não haverá parte do teu corpo
que os meus dedos não passarão.
Só descansarei quando ver sair o sangue
quente de teu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti,
mosquito filho da puta.
(Autor desconhecido)
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6 comentários:
Puta que pariu!
Que poema lindo!
Que mosquito FDP!
Mas esse negocio de mordeste-me
sem escrúpulos até os mais íntimos lugares e meio complicado hein!Imagina!
Nao da muito certo nao...
Boi,
concordo com você, essa parte é muito "casquete", mas como a obra (infelizmente) não é minha, não modifiquei afim de manter a integridade do texto, essas coisa de direito intelectual da obra. Imagina-se que a autoria desse poema seja de uma mulher. Faltou também dizer dos sussurros provocativos e infernais ao pé do ouvido... rsrsr mas...
Digno de Drummond esta porra! rsss
Fabrício,
será que ele é o autor? rs
uau!!!! adorei o poema. rs
Emy,
o poema é legal mesmo né? quem diria que um mosquito era capaz disso? rsrs
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