segunda-feira, janeiro 30, 2006

Tem coisas que não dá pra entender...

Esse caso é antigo, vocês já sabem do sucedido, mas mesmo assim resolvi escrever sobre ele.

Roubaram o som do meu carro na primeira quarta-feira do ano (ótimo jeito de começar 2006 não?) lá no Jabah/Sambalaco. Quando estávamos chegando perto do carro para ir embora (eu, Pedro e "uma amiga") vimos a porta do carro semi-aberta. Primeiro pensamento. FUDEU. No trajeto até o carro deu tempo pra pensar: “Bom, a frente do som está comigo, eles viram que não tinha nada e foram embora” (pensamento positivo. Poliana, aquela do livro, ficaria orgulhosa de mim!).

Chegando ao carro, vi o vidro do carona todo quebrado e os estilhaços de vidro espalhado por todo o carro e pensei: “Filhos da puta”. Mas isso foi só o começo... dando a averiguada geral no “possante”, descobri que eles não só levaram o fundo do som (pelo menos não quebraram o painel), mas também todos meus cd´s (piratas, sim, mas porra...), o extintor do carro, o manual do carro (gente, o MANUAL DO CARRO!!!!) e tudo o que tinha no porta-luvas, exceto uma coisa... uma camisinha!!!!

Até que fiquei tranqüilo, mais tranqüilo do que esperava, e depois de todos os procedimentos legais cabíveis (B.O., seguro e tudo mais) fui pra casa dormir. Só no outro dia, com a cabeça mais no lugar que fiquei pensando... Pra que levar O MANUAL DO CARRO? O extintor ainda vai, pois quando o barraco de palafitas do cretino que me roubou estiver pegando fogo por causa do feijão que a mãe dele esqueceu no fogão pra fofocar coma vizinha explodir, ele pode tentar fazer alguma coisa. E a camisinha, por que não levou? Não querendo desejar mal a ninguém, mas espero que O MANUAL DO CARRO sirva de passatempo para o vagabundo que me roubou enquanto ele estiver na fila do hospital público esperando horas para pegar o remédio da doença venérea (gonorréia ou cancro mole no mínimo) que ele adquiriu enquanto transava com uma gorda que estava sem calcinha no baile funk.

Porra... levar O MANUAL DO CARRO foi sacanagem.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Poema, poesia ou qualquer merda dessas, mas que é legal!

Satânico é meu pensamento a teu respeito
e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão,
numa sede de vingança incontestável
pelo que me fizeste ontem.

A noite quente e calma chegara a ser angustiosa.
Apareceste e, nesta cama, aconteceu.
Sorrateiramente te aproximaste.
Sem o mínimo de pudor.
Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu.
Percebendo minha aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e mordeste-me
sem escrúpulos até os mais íntimos lugares
jamais tocados de meu casto corpo.
E adormeci.

Hoje, quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente,
mas em vão.
Deixaste provas irrefutáveis
do que ocorreu na noite que passou.
Grandes manchas no meu corpo e o alvo lençol salpicado de sangue.
Esta noite recolho-me mais cedo para,
na mesma cama, te esperar.

Oh! Quando chegares, nem quero pensar com
que perspicácia, avidez e força
eu quero te pegar para que não escapes mais de mim.
Em minhas mãos quero
apertar-te até o fim.

Não haverá parte do teu corpo
que os meus dedos não passarão.
Só descansarei quando ver sair o sangue
quente de teu corpo.

Só assim, livrar-me-ei de ti,
mosquito filho da puta.

(Autor desconhecido)

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Hoje eu não to bem, mas amanhã eu vou ficar...

É sempre assim no dia 16 de Janeiro. Nunca fico muito a vontade. As pessoas ligam, desejam os parabéns, fazem os desejos de felicidades, saúde, paz e sucesso que são clichês, sim, mas são sinceros e é isso que importa.

Mas em geral não gosto de aniversários, não dos meus. Não que eu tenha medo de envelhecer, não que eu tenha a síndrome de Peter Pan, mas nesse dia eu sempre fico melancólico, jururu, macambúzio, sorumbático (adoro os sinônimos do Word!), porque eu achava que com essa idade eu seria totalmente diferente... que já estaria profissionalmente realizado, amorosamente feliz, financeiramente estável, etc. Como eu era idiota... na verdade ainda sou (e quem não é?). Vai ver é por isso que fico assim nesse dia.

Também tem outra coisa, eu prefiro comemorar minhas façanhas, minhas realizações, minhas conquistas quando elas acontecem, no calor do momento. Aniversário e final de ano são épocas muito reflexivas pra mim... Prefiro pensar no “por vir” do que no “por veio”. Mas a verdadeira verdade é que eu não gosto da canção mais famosa do mundo... a hora do “Parabéns pra você” é a mais crítica pra mim. Sei lá, fico envergonhado, ruborizado, encabulado... coisa de doido mesmo.

Mas fico feliz, e muito, quando recebo um telefonema de alguém desejando as muitas felicidades, os muitos anos de vida. Mesmo que seja pelo orkut, por torpedo ou por e-mail. Mesmo que sejam de pessoas que eu não vejo mais, que mandem mensagens prontas, automáticas... mas o que realmente me deixa mais feliz, feliz da vida são os descontos de 5% ou 10% no Submarino.com.br, Saraiva.com.br, Americanas.com.br, etc... rs

Obrigado.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Sobre a morte

Estou lendo um livro muito interessante chamado “AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE” de José Saramago. O livro conta a “estória” de um país onde a morte (com “m” minúsculo mesmo, o livro explica o porquê) simplesmente deixa de exercer sua função. O que seria a realização do maior desejo de muitas pessoas, a “vida eterna” acaba se tornando um verdadeiro caos.

Aí fiquei pensando que não gostaria de ter o privilégio de viver “ad-infinitum”. Deve ser um saco. Mesmo se puder escolher ficar com o aspecto físico de 23 anos, ser bilionário, ter qualquer mulher caída aos meus pés, eu preferiria passar dessa pra melhor algum dia. Iria me divertir bastante, com certeza, se isso acontecesse nessas condições, mas mesmo assim... tudo na vida enjoa, até as coisas boas. E ver todas as pessoas que amo morrer uma a uma seria terrível. Eu não quero viver pra sempre, quero morrer sim. Não precisa ser tão cedo, tarde tampouco.

Outra coisa interessante é que o ser humano está envelhecendo cada vez mais rápido. Quantas vezes eu não vi uma menina que aparentava ter 20 anos e ela na verdade ter 15!? Depois quando essa mesma menina tiver 35 vai aparentar ter 45 anos! Aí o que ela faz? Intervenções cirúrgicas para voltar a ser como era aos 20 anos! Mulheres Peter-Pan como eu já escrevi. Tentar retardar a velhice é tentar retardar a morte.

Muitas pessoas querem ser jovens pra sempre... me diz pra que!? Como diria Nelson Rodrigues: “Jovens, envelheçam!” Mas depois morram, por favor.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ano novo...

Mudamos de ano... se pararmos para pensar não é nada mais do que a passagem de um mês para outro, de um dia para outro, de uma hora para outra, de um minuto para outro... mas é convencionado celebrar essa passagem como uma chance de renovação, mudança, novas possibilidades e tal... Eu prefiro celebrar os acontecimentos propriamente ditos às possibilidades dos acontecimentos, mas é intrínseca no ser humano essa celebração, é cultural, desde crianças somos criados desse jeito... porém a festa de ano novo é um bom motivo para ficar bêbado (como se carecêssemos de motivos para ficar bêbados, mas...).

O ser humano é crente por natureza, e não estou falando no sentido pejorativo da palavra, mas todo mundo precisa acreditar em algo. Ninguém acredita na verdade que é a passagem de um ano para outro que vai fazer a vida mudar, mas no fundo, desejamos e esperamos que os 365 novos dias do ano sejam melhores do que os que passaram, e isso nos fazem crentes por senso comum.

Tive uma festa da virada (sem comentários pederastas, por favor) bem legal, com amigos, bebidas e comidas. Joguei muito bozó, o que me fez ficar bêbado suficiente para ficar correndo no radar que tinha perto da casa onde fiquei pra ver se marcava a minha velocidade, depois de umas três tentativas descobri que o radar só funciona para veículos mesmo... fiz minhas preces, orações, pedidos e agradecimentos para Deus (porque eu acredito em Deus sim, e muito, mas só em Deus e não na igreja, porém esse é papo para outro post)...

Sei que é clichê desejar um feliz 2006, esperar que o novo ano renove as esperanças de uma vida melhor, de realização dos desejos para você e sua família... mas porra, melhor isso do que mandar a pessoa tomar naquele lugar né!? rs

Então carrísimos, feliz 2006! Que os próximos 365 dias sejam regados a muito dinheiro, sexo de primeira, bebedeiras homéricas e realizações pessoais. E por favor, desejam isso para mim também!